As lojas Big Ben não abriram hoje e a especulação é de que está havendo demissão em massa de seus empregados. No último dia 10, a Brasil Pharma, uma das maiores redes farmacêuticas do país, dona das drogarias Farmais, Farmácia Sant’Ana, Rosário e Big Ben, com 288 lojas próprias e 430 franquias no Pará, Bahia e Pernambuco, que emprega mais de 4,5 mil pessoas, pediu recuperação judicial. Até novembro do ano passado, acumulava prejuízo de R$ 1,52 bilhão e mais de 15 mil credores, entre eles o BTG, que tem R$ 984,3 milhões a receber e o Banco IBM, que cobra R$ 22,2 milhões, além de dívidas trabalhistas e com indústrias farmacêuticas, fornecedores em geral, bancos e empresas públicas. A redução nas vendas, com desabastecimento, e baixas de ativos intangíveis das bandeiras Santana e Big Ben, no valor de R$ 815 milhões, foram apresentadas como justificativa para as perdas no período, bem como o patrimônio líquido negativo de R$ 1,15 bilhão.
Há exatamente um ano, o deputado estadual Edilson Silva (Psol-PE) publicou na sua página do Facebook que a falência da Big Ben está ligada à sua relação com o banco Pactual BTG, que caiu na Lava-Jato. Disse que "era uma lavanderia em forma de farmácia" e que não é possível que o mercado seja tão grande para a quantidade imensa de farmácias da mesma empresa, praticamente uma em frente da outra.
Agora a rede Drogasil aguarda que a Big Ben desocupe trinta lojas cujos pontos pertencem ao empresário Raul Aguilera, para desembarcar em território parauara. E assim la nave va. É preciso que o Ministério Público Federal - MPF, Ministério Público do Estado do Pará, a Sefa - Secretaria da Fazenda a Receita Federal passem o pente fino em todo o setor. E que o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho verifiquem a situação dos trabalhadores, que são o lado mais frágil de toda essa história.
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