A culpa dos Federais do Pará na perda de R$ 4 Bilhões pela renovação da outorga da Estrada de Ferro Carajás
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Estrada de Ferro Carajás |
Por onde anda os 17 deputados Federais do Pará numa hora tão importante como esta?Pedindo votos para eleições 2018?
No início de 2016, R$ 92 milhões - 71% dos R$126 milhões devidos ao Pará a título de compensação pelos impactos ambientais causados pela UHE Belo Monte - foram direcionados pelo governo federal ao Mato Grosso e ao Amazonas. Agora, os R$ 4 bilhões pela renovação por trinta anos da outorga da Estrada de Ferro Carajás, da Vale, vão para a Ferrovia de Integração Centro-Oeste, ligando o município goiano de Campinorte até Água Boa, no Mato Grosso.
Eu cantei a pedra no ano passado, e na época enfatizei que a diferença se o dinheiro iria para lá ou viria para cá dependeria da mobilização e força da classe política parauara. E da capacidade de união suprapartidária. Como de tantas outras vezes em que o Pará foi preterido em seus legítimos interesses - a exemplo da ausência de compensações pelas perdas bilionárias derivadas da Lei Kandir -, todo mundo faz cara de espanto agora que Inês é morta. Mas, exceto pelas inúmeras iniciativas do ex-secretário de Estado de Desenvolvimento, Mineração e Energia, Adnan Demachki, que além de apelos em Brasília alertou os parlamentares em várias reuniões e notas técnicas, as forças paraenses que se dizem assim-assim com os manda-chuvas no Distrito Federal não moveram um músculo em favor do Pará. E nesta hora dramática, ano eleitoral em que R$4 bilhões que poderiam alavancar o desenvolvimento regional nos escapam, proliferam manifestos de indignação e revolta, como se fosse uma medida inesperada.
Discursos que não saem do papel são inúteis. Não há qualquer eficácia em notas oficiais, postagens e vídeos circulantes nas redes sociais. Cabe aos políticos o mesmo empenho que têm em Brasília ao disputar cargos: se uma vez na vida se unirem, poderão ter força junto ao combalido presidente da República e aos candidatíssimos presidentes do Senado e da Câmara Federal. Aos empresários, acionar as poderosas entidades representativas em nível nacional. Ao governo, exigir providências da Vale, que afinal de contas goza de diferimento tributário junto ao Fisco estadual. É inaceitável que o povo paraense seja obrigado amargar tamanha derrota, de novo. O trem do Pará não pode viajar na contramão da História.
Via: Uruatapera
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