No Facebook, Presidente afirmou que não irá comprar a vacina chinesa. Ontem, o ministro da Saúde havia anunciado a intenção de adquirir 46 milhões de doses do imunizante Coronavac.
Na rede social, Bolsonaro publicou um post dizendo que “A vacina chinesa de João Dória: Para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”.
Pouco antes, uma seguidora de Bolsonaro na rede social criou um post pedindo a exoneração do ministro, que estaria sendo “traíra” e “cabo eleitoral do Doria”. O presidente respondeu dizendo que “tudo será esclarecido ainda hoje. Não compraremos a vacina da China”. Respondendo a outros comentários na sequência, Bolsonaro foi na mesma linha. Após um internauta dizer que queria um futuro “sem interferência da ditadura chinesa”, ele voltou a dizer que a vacina “não será comprada”, em letras maiúsculas. Outro seguidor afirmou que Pazuello estava traindo o presidente ao autorizar a compra, e Bolsonaro reagiu afirmando que “qualquer coisa publicada, sem comprovação, vira traição”, reagiu o presidente. Mais cedo, o site Poder360 também publicou a informação que o presidente teria enviado uma mensagem aos ministros reafirmando que não compraria a vacina chinesa.
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É o terceiro ministro da Saúde com quem Bolsonaro mantem atritos públicos. Antes dele, o presidente teve choques com Luiz Henrique Mandetta, sobre as restrições para enfrentar a pandemia de covid-19 – o Presidente defendia relaxar as medidas sanitárias, contra a postura adotada pelo então ministro - e com Nelson Teich. Nesse episódio, o ministro se recusou a endossar publicamente a suposta eficácia da cloroquina contra o novo coronavírus, algo que acabou sendo feito por Pazuello, um militar que foi efetivado como ministro no dia 14 de setembro, pouco mais de um mês atrás.
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